Caros amigos e visitantes,

Se vocês chegaram a este blog diretamente, por meio do Google ou outras fontes, convido-os a conhecer um pouco sobre o meu trabalho no meu blog http://adestramento-rio.blogspot.com e explorá-lo para, espero, encontrar informações sobre cães, que possam ser úteis para vocês e até um novo amigo na nossa página de cães para adoção. Porém, se vocês chegaram aqui por meio do meu site www.adestramento-rio.com.br , vocês já tiveram a chance de ter quase todas essas informações lá, com exceção deste Guia de Raças e atualizações mais frequentes de cães para adoção e fotos dos meus clientes peludos.

Sejam bem-vindos,

Reginaldo Ribeiro.

Introdução


Este Guia de Raças tem por objetivo ajudar-lhe a escolher um cão pelas características que sejam afins com sua personalidade, condições e modo de vida, na hora da compra ou adoção, ou a conhecer melhor o que já é seu amigo. Tenha em mente, porém, que estas informações são características gerais das raças, mas o que determina o comportamento de um cão seja ele um cão de raça puro ou um SRD (vira-latas), é a combinação entre raça, linhagem (a sua herança genética), interação com o meio (sua experiência de vida) e a educação que recebe.

Os cães costumam ser classificados em grupos,de acordo com as funções para as quais foram originalmente desenvolvidos ou em diferentes grupos, de acordo com diferentes entidades cinológicas. Neste blog, que pretende apenas fornecer informações básicas, usaremos a classificação de acordo com a função, conforme descrito pela Associação Cinológica do Brasil (ACB), mas também os dividiremos em grupos de acordo com a classificação da Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC), que lista um número muito maior de raças.

Como esta página está em construção, as raças serão incluídas progressivamente, assim como as informações sobre as listadas segundo a classificação por grupos descrita pela ACB. As raças também poderão ser encontradas, em ordem alfabética, na lateral do blog. Nesta página também incluímos algumas informações sobre os vira-latas, reconhecidos como raça e, assim denominados SRD (Sem Raça Definida) que, mesmo sem pedigree, são capazes de extrema dedicação e amor ao dono ou a quem, mesmo sem sê-lo, é capaz de lhes oferecer um pouco de carinho.

Grupos de Raças de Acordo Com as Funções


Grupo 1 - Cães de Caça a Tiro



Os cães desse grupo eram originalmente usados na caça de aves. São hábeis na localização, levantamento e recobramento de aves abatidas. Possuem temperamento amistoso. 

Como a caça não é uma atividade muito praticada hoje em dia, esses cães têm se destacado como companheiros, principalmente para pessoas ativas, pois são raças que requerem bastante exercício. Por isso não são indicadas para espaços pequenos e nem para pessoas de vida sedentária.


Pertencem a este grupo:







-


- Setter Gordon



- Springer Spaniel

- Vizsla




 Grupo 2 - Cães Hounds

Os Hounds são cães de caça à presa. Preferem os animais de pêlo e os próprios cães abatem a presa.

Há dois subgrupos aqui. O primeiro é composto pelos Hounds propriamente ditos ou Sabujos. Esses são cães que caçam farejando o solo e geralmente agem em matilha. Por possuírem excelente olfato são hoje usados para localizar drogas, pessoas perdidas e até para auxiliar em diagnóstico de certas doenças. 

O outro grupo é composto pelos cães que caçam usando a visão, os chamados Sighthounds ou Galgos. São cães capazes de desenvolver grandes velocidades e seu temperamento é um tanto mais reservado que os demais cães de caça.


Pertencem a este grupo:


- Basenji


- Beagle

- Bloodhound

- Borzoi



- Greyhound

- Irish Wolfhound

- Norwergian Elkhound


- Saluki

- Wippet



Grupo 3 - Cães de Guarda

Esse grupo apresenta cães com tipos mais heterogêneos, mas todos com a função de guarda e defesa. Há cães que, originalmente, eram usados como combatentes em linhas de batalhas e como guardiões de rebanhos.

Diferente do que se pensa, um bom cão de guarda deve ter o temperamento estável e só agredir se seu dono ou território forem ameaçados. O treinamento visa valorizar essa estabilidade de temperamento e não gerar cães extremamente agressivos.


Pertencem a este grupo:



- Boxer







- Dogue de Bordeaux


- Komodor

- Kuvasz





- Tosa

Grupo 4 - Cães Terriers

Esse grupo possui praticamente todas as raças desenvolvidas na Grã-Bretanha e são cães de porte pequeno a médio, especialistas em caçar animais de toca. Por isso mesmo, são muito ativos e não se adaptam bem em espaços pequenos.

O temperamento forte e determinado é característico desses cães e, portanto, necessitam de donos enérgicos, capazes de domar esse temperamento.

Além dos desentocadores, há os Terriers de Arena. Esses resultam de cruzamentos com cães tipo Bull. Apesar de serem combativos com outros cães, são dóceis com o ser humano.


Pertencem a este grupo:

- Airdale Terrier



- Australian Terrier

- Bedlington Terrier

- Border Terrier


- Cairn Terrier

- Dandie


- Irish Terrier


- Kerry Blue

- Lakeland Terrier

- Manchester Terrier

- Norfolk Terrier

- Scottish Terrier

- Sealham Terrier

- Skye Terrier

- Soft Coated Terrier




- Welsh Terrier




Grupo 5 - Cães de Luxo

São raças que não ultrapassam a altura de 30 cm e foram desenvolvidas para a companhia das grandes damas da realeza. Apesar do tamanho pequeno, há raças excelentes como cães de alarme nesse grupo.


Pertencem a este grupo: 

- Afferpinscher


- Chinese Crested

- English Toy Spaniel

- Greyhound Italiano

- Griffon de Bruxelas

- Japanese Chin


- Papilon




- Pug


- Silky Terrier





Grupo 6 - Cães de companhia

Nesse grupo temos raças que abandonaram a função original há muito tempo. Entre outras funções, há cães que acompanhavam carruagens, que lutavam em arenas e até os que foram usados como iguarias culinárias.
É um grupo bastante heterogêneo e diferem dos cães de luxo por serem maiores que eles. 


Pertencem a este grupo:


- Boston Terrier





- Keeshound


- Poodle

- Schipperke

- Shiba Inu

- Tibetan Terrier



Grupo 7 - Cães de Utilidade


Esse grupo possui cães que desempenham funções importantes para o homem, como os cães de pastoreio, os cães de tração e os cães de resgate.

São cães que se destacam no aprendizado e gostam muito de atividade. Também não indicados para espaços pequenos.


Pertencem a este grupo:

- Bearded Collie

- Boiadeiro Australiano



- Bouvier de Flandres

- Briard

- Cão D’Água Português

- Cão dos Pirineus

- Collie




- Pastor Alemão Branco




- Puli




- Welsh Corgi Cardigan

- Welsh Corgi Pembroke


SRD (Sem Raça Definida) ou Vira-latas

















A história dos vira-latas brasileiros está diretamente relacionada à chegada dos portugueses ao litoral brasileiro. A expansão territorial dos tupis ainda não estava consolidada. As guerras entre tribos e aldeias eram permanentes e marcadas pela antropofagia. Mulheres e crianças eram as maiores vítimas.

A introdução do cachorro pelos portugueses, sobretudo pelas mãos dos jesuítas, inaugurou nova era de sono tranquilo para os índios brasileiros. Em caso de aproximação de guerreiros inimigos, de dia ou de noite, os cachorros davam sinal e até atacavam os potenciais agressores. O cachorro foi integrado nas tribos como o primeiro mamífero doméstico - e continua sendo o mais extraordinário deles, capaz de seguir os passos do indígena, obedecer a suas ordens e cumprir tarefas diversas. O sucesso reprodutivo dos cães garantiu rápida expansão de sua presença entre as tribos.

Ao contrário dos cães de raça, cuja seleção das características foi feita pelo homem, de acordo com seus interesses e necessidades, nos vira-latas as condições ambientais e as leis de Darwin selecionaram o melhor sucesso reprodutivo e adaptativo.

O vira-lata brasileiro é um cão autônomo, de grande inteligência e com enorme capacidade de conformação. Seus formato e tamanho são médios. Sua pelagem é curta e de cores ajustadas às condições ambientais, variando do negro ao bege-claro. Correm, nadam e têm todos os sentidos aguçados e bastante equilibrados.

Os SRD toleram e resistem a doenças e enfrentam sozinhos condições ambientais adversas nas quais outros cães não teriam nenhuma chance de sobrevivência. Oposto aos cachorros de raça, especialistas por natureza, o vira-lata é antes de tudo um generalista. Seu talento, seu conhecimento e seu interesse se estendem a vários "campos", não se confinando em nenhum setor, como seus parentes com pedigree. Ele está geneticamente equipado para lidar com diversas situações, impostas pela natureza ou pelos seres humanos.

Uma coleção de acasos e oportunidades deu origem e moldou o vira-lata brasileiro. Ele segue evoluindo enquanto, no caso dos cães de raça, o esforço dos seres humanos é garantir a não evolução, a manutenção das características da raça e sua imutabilidade.


Texto adaptado a partir de: